ELEGIA AO RIO ITAPECURU

Oh, rio Itapecuru! 

Como é bela a tua grandeza,

Mas o homem é ingrato

Com as obras da natureza.

 

Tuas curvas fascinantes

Já não são mais como antes, 

Te olho e sinto tristeza. 

 

Oh, rio Itapecuru! 

Tu que um dia oferecestes fartura

E favoreceu a navegação, 

Hoje se encontra em desventura.

 

Tuas margens estão desertas, 

Acabaram com as florestas 

Por causa da agricultura. 

 

Oh, rio Itapecuru! 

Te olho e sinto desdém, 

Vejo esgotos a céu aberto

Para as tuas águas escorrerem.

 

Teu estado de longe é notável, 

O descaso é lamentável,

Mas o socorro não vem. 

 

Não vamos tornar nosso rio intermitente,

É preciso ter mais consciência, 

Vamos preservar as matas

Por questões de sobrevivência.

 

Para que as gerações futuras 

Não sintam as amarguras

Da escassez e a decadência. 

 

Josafá C. Rezende
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