No terminal,
sempre há alguém partindo
e alguém chegando.
Alguns pouca bagagem carregam,
outros nem tanto.
Mas todos sem dúvida,
alguma coisa levam.
No terminal,
algumas viagens se atrasam
...se prolongam.
Outras surpreendem
...se adiantam.
Algumas são mais longínquas,
Já outras,
fugazes como brisas.
No terminal,
os sentimentos se confundem,
numa dualidade banal.
Onde existe um sonho iniciando,
há sempre um se encerrando.
É lugar de encontros e despedidas,
abraços que acolhem
e saudades desmedidas.
No terminal,
todos se encontram,
agora ou doravante,
homens e mulheres,
idosos e crianças.
Aqui, histórias se cruzam,
num simples piscar de instantes.
No terminal,
de repente tudo se esvai,
no parvo ronronar de um motor.
Aqui, vida entra, vida sai.
Naqueles que aqui estão
há sorrisos saudosos,
lágrimas embotadas de paixão.
Tristeza confunde-se com alegria,
conforto com ansiedade,
esperança com melancolia.
No terminal
Perco-me nessas emoções.
Entorpeço-me em devaneios:
“onde é que cada viagem se dará?
no entanto aquieta-te coração
Minha partida está prestes a chegar!
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