De volta a podridão desse chão
Cai entre o nada em vão.
Na realidade de uma vida sem vida,
Buscando desesperadamente se segurar,
Mas sem querer estar.
Os dedos doem e a carne se rasga,
E de sonhos não sobram nada.
Por debaixo da pele,
Por dentro dos ossos à trincar
Sem dor, eu posso ficar?
Venha ver por esses olhos, venha sentir por essas mãos
Poderia existir dentro um coração?
E eles dizem, "acalma o cinza que reluz."
Mas sem alegria, ele te conduz?
Então desculpe-me pelo o que fiz
Pois o que te dei não faz ninguém feliz.

Eduardo Seixas
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