Minha rainha (Soneto medieval)

 
Ho! Minha rainha do sol nascente
Esculpida nas janelas dos arranhásseis
Espere-me nas calçadas sombreadas
Sobre as pedras encantadas ao sol poente.
 
Sob a lua que a noite prateia, dispa-se do teu véu,
Sois feita de estrelas, refestele-me no seu céu.
Nos castelos adormecidos, este meu coração valente,
Disputara a ferro e fogo teu coração inocente.
 
O meu corpo por vós, entregarei à morte, se for preciso.
Portanto, tentarei romper as muralhas do norte,
Para toma-la em meus braços, linda donzela.
 
Não haverá barreiras nem dragões incandescentes
Que tornarão impossível esta minha jornada,
Pois ela foi forjada com amor e nobreza a seu porte.
 
J.A.Botacini.