RASGA ESSES VERSOS

Rasga os versos que eu fiz amor meu!
Amor meu?! Julguei, eu, que você o era...
Mas tudo que sonhei não passou de quimera.
Nunca fui sua! Você nunca me pertenceu!
 
Rasga esses versos todos de uma vez.
Que virem pó na ventania, esquecimento...
Que minha mente deles se desfaça, sem lamento,
Como seu coração, do meu, já se desfez.
 
Eu não sou nada! Pobre... Errante... Endoidecida!
Eu, que sonhava estar contigo por toda vida...
Vivi só! Nessa historia de amor delirante...
 
E você não é nada... Ninguém... Utopia!
Por isso rasga, com esses versos, toda a magia,
De minh’alma efêmera... E da sua, inconstante!

Mônica Gomes
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