Entre grades as mãos delicadas de meninas, mulheres, mães...
Na profundidade daqueles olhares o pedido de socorro.
Em silêncio ouço os ecos de almas aprisionadas na culpa.
Não somos criminosas, só não soubemos utilizar as oportunidades.
Mas infelizmente todos nós erramos.
Coloquei-me no lugar daquelas mulheres e a dor dilacerou o corpo da minha alma.
A cada recanto do recinto, o verter de lágrimas de filhos órfãos de suas mães e mães órfãos de seus filhos.
No chão, resto de comida, no frenético som da sirene a desarmonia se instala naquele ambiente inóspito.
Não senti medo, uma sensação de indignidade carcomia-me.

 
Até quando as nossas leis serão pautadas no egoísmo? Só construiremos um mundo melhor difundido a prática de amar.