A RODA DA VIDA
 
Gira se a roda da vida
Num movimento constante
Dia, noite, sol, chuva
Num eterno vai e vem
Como seres divididos
Numa continua metamorfose
Como a de uma lagarta que se
Transforma em Borboleta.
 
Gira em fases involuta
Alheia ao nosso próprio ser
Como num emaranhado de fagulhas
Queimando nossa alma
Envolvendo numa corrente decrepta
Somando nossa inteligência
Com a própria ignorância
Formando assim a sinopse da vida.
 
Gira nossos sonhos
Entre pesadelos e amores proibidos
Numa escada levadiça, subindo e descendo
Em momentos incluso ao desempenho de cada um
Sofrendo, chorando, sorrindo ou cantando uma canção
Inibindo os sentimentos, comprimindo o sofrimento
Ou deixando expandir a autonomia de apenas ser.
 
Sim, gira a sombra colorindo o infinito
Numa montagem deslumbrante o arco das sete cores
E como a lua vê a dor do pobre aflito
Brilha a cada manhã o sol que aquece o viver
Como a roda viva que gira sempre
Gira também a esperança do conhecer
A alma que abriga nossos sentidos
Com o amor a prevalecer.          
                             E2RM

 
                                20/06/2016

Rita Marilda Paulino
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