ABANDONO - por Olavo Nascimento (30/11/2015)
Desceu as escadas, saiu pela porta afora, 
Ganhou as ruas sorrindo e foi-se embora,
Bem firme segura de si e sem compaixão.
Resolveu prender âncoras em outro porto,
Pensando em uma vida com mais conforto,
Deixando-me só, amargurado e sem chão.

Logo após que ela sumiu e me abandonou,
Não perdi tempo, fui atrás de outro bem,
Para tentar esquecer o mal daquele amor.
Mas os seus beijos não senti em ninguém.

A fuga da tristeza teve outros caminhos,
Baladas, bebidas e amigos para distrair,
Mas nos momentos que eu ficava sozinho,
Só me lembrava das teias em que fui cair.

Ainda escuto a sua voz aqui tão presente, 
O brilho de seus olhos sempre reluzentes,
O aroma do seu corpo se juntando ao meu.
Estou tentando muito dar a volta por cima,
Ganhar outros abraços, curtir outro clima,
Pra me livrar de uma paixão que já morreu. 
 
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