À desventura do vento alado
Galga incessantemente o grito
Na corda desafinada dum instrumento
Que sulca sobre a terra rasgada.
Num risco que divide cada lado,
Entre os de cá e os de lá, levito!
Despojando no pensamento que voa ao vento
O intento da memória dita (a perniciosa amada).
Despolarizante, o impulso gerado no consciente
Do espaço sináptico que o encerra nesta cela
É aqui criada a reminiscência que sacia a fome:
- A memória é o espaço quiescente,
Entre o bramido da chama duma vela
E o oxido que a consome!
poema da obra: Ilhéu revolto
Sandy Sousa
© Todos os direitos reservados
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