Toma, este mar é seu e todos os seus peixes...
Os homens ao redor também o são,
pescadores, trabalhadores
que erguem do chão
o palácio da natureza,
erguem, com nobreza,
desvendam o mistério do trigo
que se transforma em pão...
Toma, esta poesia é sua...
Tem o suor das palavras que erguem pedras
para catedrais de versos universais,
a tez que fez a história da poesia;
guardam, para te dar,
a altivez e a melancolia...
Toma, esta ceia de palavras
é para te receber à mesa,
onde se servirá, como em tua casa,
com toda a certeza...
Não me tome por embaixador
ou diplomata que recebe convivas;
sou, por discrição, o que fez do amor
o motivo de viver a vida...
Assim, tendo já sabido
o que do que foi escrito,
seja bem-vindo,
venha comigo...
Prieto Moreno
© Todos os direitos reservados
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