A Felicidade anda escassa. E hoje o que eu vejo são apenas traços de alegria efêmera, que pouco dá para alimentar a verve. Ela serve apenas para criar pequenos trechos de poesia. Pois a volúpia está inerte e a flama já se apagou. Os devaneios ainda existem e ocupa o meu âmago. Mais a tristeza já foi cultivada, plantada e semeada, no vazio do meu peito. Hoje me apego a sentimentos antigos. Lembro-me de outrora, sorridente e imaculado, passeando por entre as alamedas repletas de frutos e pássaros inefáveis. Mesmo na dor, a esperança ainda incólume me faz acreditar, que um dia a tristeza irá passar. Pois não vou viver toda minha vida a chorar. Eu sei que a felicidade uma hora vai chegar.
Diego Silva
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