Suas coxas são como colchas
De ternura, carinho e afago
Suas pernas são sempre ternas
E em meio a elas me sinto abrigado.
Seus cabelos são sempre belos
Mesmo quando não os tenho por perto
Seus braços são mais que abraços
São o aconchego do mundo decerto.
Sua face é sempre tão afável
E sempre branca como a lua rainha
Seu amor é sempre tão amável
Mesmo que não meu, e tu não mais minha.
Saudade sua é sempre saudável
Pois vejo que um dia fui feliz e agradeço
Sua graça é sempre muito agradável
E sei que me amas mesmo se não mereço.
Seu corpo é da cor do desejo
E envolvo meus beijos por ele todo
Nossos lábios estão por todos os lados
Tem nossos segredos nossos sonhos e medos.
Suas costas nuas; são só coisas suas
E nada se muda, no fundo, não mesmo
Tem nossos beijos no clarão da lua
E vejo por dentro ainda aceso o desejo.
O que não é banal nunca é igual
E o que é tosco cansa, enjoa, perde a graça
Um amor só existe se for descomunal
E um amor não morre não importa o que faça.
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