Eu escrevo versos de tristeza, filosofia e morte.
Versos os quais ficarão para as traças em um porão.
Papéis os quais serão herdados pelo mofo e pela escuridão,
Pelas sombras que idolatro e de quem sou consorte...
Amo as trevas! Amo-as de uma forma tão forte
Que quase sinto-as a dominar meu estranho coração!
E sou esquisito por sentir um amor gótico, voltado à destruição
Do corpo em detrimento da ascensão das almas em negra coorte...
Perambulo no mundo como um deslocado fantasma
O qual procura um local de penumbra para dormir e achar seu miasma.
Ó Sombra! É à ti que dedico esta infame poesia!
Meus escritos serão perdidos e esquecidos no sepulcro, nas sombras!
(Mas até eu e aqueles que amo serão esquecidos em silentes alfombras.).
Meu legado, infímo que seja, é esta escrita lúgubre, sombria...