Soneto de Ialmar Pio Schneider

 AO DESPERTAR--------Apenas a manhã desabrochou/em novas luzes límpidas e puras/ e em vestes cândidas tu já fulguras/ mais brilhante que o sol se levantou./E este sorriso que em teus lábios mora/ que vem de longe, bem de longe, longe,/ e eu te esperando como um triste monge/ espera a vida num romper de aurora.// E esta carícia que jamais me deste,/ e estes áureos cabelos a espalharem-se,/ e este amor doido que em meu peito investe,/ e este desejo de fazer-te minha,/ e estas horas mortas a evaporarem-se/ - é a sina que roubou o que eu não tinha.--------IALMAR PIO SCHNEIDER