Se não amas a cruz
pendente em teu peito
como um escudo de fé
contra os males dos olhos,
das mãos e das armas
dos que não te amam,
ame o elo que a prende.
Se não amas o elo,
singelo e imperceptível,
mas gigantesco também
pela importância que tem
de mantê-la pendida
qual escudo com vida,
ame a corrente que o mantém.
Se não amas a corrente
tão bonita e reluzente
adornando teu pescoço,
porque é objeto de adorno
só pra te envaidecer
ou alimentar-te o ego,
ama-te a ti mesmo.
Amando-te um pouco mais
verás que és importante,
não um disfarce ambulante,
um número de estatística,
impessoal e gélido,
um 'usador'' de corrente
apenas com elo e cruz.
Amando-te um pouco mais
descobrirá quantos te amam
e aprenderá a amá-los.
Não mais te importará
a cruz, o elo ou a corrente,
mas Aquele que nela foi pregado
por tua culpa, por minha culpa,...