A Sereia e o Marinheiro

 Ondas espumantes,
pele cor de pérola do mar,
de olhos penetrantes,
Sereia diante do meu
olhar.
 
Entre o medo e a aflição,
está o Marinheiro, que
ficou hipnotizado, e
pela bela canção foi
vitimado.
 
Solitário Marinheiro,
que andou à deriva no mar,
apanhado pelo canto traiçoeiro,
que a Sereia não pára de
entoar.
 
Beleza assustadora,
beleza encantadora,
que a Sereia deixa vislumbrar,
traiçoeira e manipuladora,
que deseja consigo o
Marinheiro levar.
 
Dele, ela se aproxima
lentamente, os seus lábios
ela deseja tocar,
hipnotizado pelo canto
que trás o vento,
os seus lábios de sal deixa-se
beijar.
 
À volta do pequeno barco,
a Sereia cria agora um
enorme remoinho,
no céu a água faz um arco,
e o Marinheiro perde de
vez o
seu caminho.
 
O Marinheiro a Sereia o
conseguiu levar com
o seu canto traiçoeiro,
o jovem Marujo para
o fundo do mar.
 
Se foi por amor ou não,
não o sei dizer.
Em terra ficou o coração
de uma mulher a sofrer...
 
(Poema retirado do meu blogue pessoal, onde uso o pseudónimo de Ariel Ogma http://arielogma.blogspot.pt/ )

Patrìcia Marques Vicente
© Todos os direitos reservados