A solitária flor da laranjeira
quem pode me dizer se não serei?
Que nessa horrenda sina não terei
na saudade a única companheira?
Amigo do silêncio e do segredo
nos ermos eu divago tristemente;
e da existência só espero o poente...
sinto-me condenado a este degredo!
Té em meus versos sinto este vazio
que me enlaça com seus braços gelados,
torna-me cada vez mais arredio;
Jamais irão volver p`ra meus agrados,
p`ra me exumarem nesse eterno frio
de minha aurora os ramos derribados!
ALEXANDRE CAMPANHOLA - 18/04/2009
Alexandre Campanhola
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados