Ao entardecer...
 
 
Às vezes fico olhando
Os raios de sol na água
Que vibram como música
Enquanto a tarde se vai...
Outras, me pego cantando
Canções sem rimas
Que surgem a esmo, sem pensar...
Têm dias que o sol não aparece
E fica um tempo triste de se ver;
Então meus passos
Seguem direções impossíveis de saber
Se o horizonte é uma mancha na penumbra
Ou se é o dia que está a morrer...
Os últimos raios tingem o lago sereno
E um vento ameno
Passa trazendo uma saudade fria.
Os primeiros sinais da noite
Chegam com a luz pálida do casario
Enquanto mais além
Com ares suaves de poesia
Uma janela se abre para o amor
Que não vem...
 
Vinhedo (SP), Inverno de 2009.