Invejo minha juventude passageira,
invejo o que estava por vir,
não por quem eu era antes,
mas pelo mundo que estava por descobrir.
Invejo as manhãs, tardes e noites,
e toda a beleza presente na vida,
invejo até o ano em que nasci,
e a maravilha que ele continha.
Invejo as demonstrações de amor,
que já expressava sem medo,
hoje nem sempre tão fácil,
mas lembrar delas é tão sedutor.
Sinto inveja, ah, sinto sim,
porque tudo passa, tudo muda, tudo finda,
mas não posso esquecer do presente,
e viver cada dia sem ter uma mente distraída.
É preciso lembrar que a vida é breve,
e que tudo se acaba um dia,
mas é no presente que vivemos,
e é onde nossas memórias são criadas.