Não chores porque não vê meu choro
Não tema por minha ausência que beira falta de decoro
Lembre do que de mais profundo há
Que serei sua eterna menina, irei sempre lhe amar

Perdão por meu medo, tento não ver
Não imploro para que lutes, de fato pouco tenho a dizer
Fito a com meu olhar longínquo
Impermeabilizo o que por ti e por tudo isto sinto

E quando rezo, por vezes entre outros caminhos o coração vagueia
Essa aparente laca sangüínea em meu coração e veias
Lhe amo, mas a deixo
Não prendo, mas também nada vejo

Vivo cá imaginando
Vives aí , num sono quase etéreo, sonhando e, quem sabe, algo esperando
Não lhe consolo
De nosso passado e presente me isolo

A saudade não pode chegar
A possibilidade da perda nem de longe há de se revelar
Escondida no nosso futuro, talvez deixe esse anjinho iluminado no escuro
Não encontro quem fui ou quem fomos, deixo minha protetora hoje desprotegida e em apuro

Como há de saber de meu amor?
Como saberei eu? Como livrar me deste temor?
Quero-a aqui e por isto continuarei a fingir
Oro pelo perdão não Divino, mas pelo teu. Sonho com a chegada dos momentos de contigo meus sorrisos e sonhos repartir. Não creia que me afasto de ti. Minha vida é uma continuação de tudo que estivera a refletir

Vó, lhe amo, fique em paz até o momento do milagre que sobre este mundo atua tenaz