Nos meus tempos de infância, pequenino,
Eu saía a brincar pelo branco areeiro...
Campinho de chão, pés descalço, artilheiro!
Bola de meia, cheia de sonhos de menino.
 
Agora sei que aquele garoto traquino
Não fez gol no tempo cruel e traiçoeiro
E este campo não é o cantinho do terreiro
Onde eu brincava de jogar  com o destino.
 
Meu Deus! Que saudade, quanta lembrança.
Nunca mais desde aquele tempo de criança
Fui jogador, artilheiro e afinal...
 
Cresci e deixei sem querer lá no passado
Minha bola de meia, meu campinho empoeirado,
E tantos sonhos espalhados no quintal.

Carlos Cintra
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