Cataventos de outono . . .

. . c A t A v E n T o S d E o U t O n O . .

Cataventos encobertos
pelas brumas do dia encabulado
Do bem e do mal,ilusão e realidade
Céu cinzento,a tarde agitada ... corre
Sobrecarregada de pensamentos sutis
Barulho desnecessário só cessou...
ao cair da noite
muitos corações... no mar, no rio, na lagoa
O céu abriu e a lua apareceu
refletindo uma fileira de cataventos...
na água doce da velha lagoa
que é meu porto seguro
Uma tranqüilidade lilás manifestou-se
nas águas de outono
Na palma da mão... mais linhas,
no soprar do vento subliminar
Atalhos e iniciais tão cinzas...
Ao passar das horas o relógio dormiu
Preguiçoso deitou-se... naquele momento,
Quando chorei de saudade dos azuis que se foram
Inesperadamente a madrugada chegou
Cheia de brilhos, emprestando aos meus olhos
A magia, os matizes do mistério
O amor brotou, entre Eros e Afrodite,bem longe...
em mim ficou e em cada canto do planeta reluziu
E mesmo quem estava dormindo sentiu, respirou...
a harmonia irradiada na atmosfera tão serena
entre os cataventos gigantes, na lagoa
rasgando véus não transparentes
desnudando a alma, leve... até o sol nascer
e o universo revelar mais um dia de esperança ...

 

Bruma Lilás - Taís
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