Toque no impalpável,
Folha levada pelo fio de vento.
Segundo perdido nos ecos do tempo,
Flor solitária, mas rainha de um jardim.
Estrela, ponto de luz,
Ilumina o infinito, reina no coração.
E então em um lugar perdido, o olhar.
O encontro de almas,
O fluir do calor do afeto.
E numa boca uma palavra
Dita palavra que aquietou-se.
Pois que já não cabe em si,
Pois já ganhou vida própria.
Viu nascerem asas,
Viu o abismo, e riu-se.
Emplumou-se e planou.
Corpo e velas,
Caravelas do destino.
E o mar calou-se.
E tudo não quis nada dizer.
E o silêncio era todo oração.
Luzes encantadas,
Vozes em ecos de memória.
E a flor vermelha,
E o meigo olhar,
E os passos de uma mulher,
Deusa de todos nós.
Gilberto Brandão Marcon
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