Abri a porta, um corredor estreito
Cheiro de mofo e paredes tortas,
Piso ondulado, cheio de defeitos,
Ambos os lados centenas de portas.
 
Como encontrar então a porta certa?
Possessa em  medo de encontrar Quimera
Busquei em vão alguma porta aberta,
Pedi aos céus o olho de Tandera.
 
Foi como um rio que abandona seu leito
E corre lento em busca de um caminho
Regando ervas daninhas com carinho
 
Eu fui abrindo as portas do meu jeito.
 ...Hoje retorno qual ave sem ninho
Para o escuro corredor estreito.

 
 

Nair Damasceno
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