... Deste Jeito ! 


Deste jeito, não tem jeito

O rumo desta Nação

Fica o povo insatisfeito

Ver crime sem punição


Tem ladrão por toda a parte

No governo e na justiça

Cada um que entra, reparte

O bolo à sua cobiça


A cada dia que passa,

Surge um novo desvio

Dinheiro que vai de graça

Para os porões do navio


O que acontece a quem rouba

Nada, além de ficar rico

Nem na cadeia apodrece

Se o roubo... é sem maçarico !


São milhões e mais milhões

Constantemente roubados

E, com esses figurões,

Compactua o Estado


Pela omissão ou lerdeza

Em não botar na cadeia

Os que têm a esperteza

De fazer seu pé de meia


Com dinheiro que era nosso

E foi mal administrado

O roubo, quanto mais grosso,

Deixa o governo calado


É um covil de ladrões

Cada qual em seu estado

E, pra esses espertalhões,

Tem sempre, o deixa de lado


O roubo é tão contumaz,

Até parece panacéia

Rouba o político, o capataz

E, ninguém vai pra cadeia.


Viram todos Excelências

Quando não, senhores doutores

Vejam só as excrescências,

São tratados com louvores !


Se nosso povo com fome

Roubar no supermercado

Vai pra cadeia e tem nome

De furto qualificado !


Quem rouba para comer

Do mercado; já sai preso

Quem rouba, sem ninguém ver

Milhões ao estado, fica ileso !


São Paulo, 09/10/2013

Armando A. C. Garcia 


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