Eu tenho sonhado com o inferno. Caminhado em outro mundo.

Meus sonhos são tão similares à realidade, não há diferença...

Meus demônios interiores, todos libertos; não há quem os vença.

A estrela que eu fui, decaiu tremendamente no abismo mais profundo.

 

Eu quis o amor e não o tive; então a dor, e me foi negada... Em que me inundo?

Tudo o que eu persegui esperançoso, foi vão, esmigalhou minha crença.

Fui apenas mais uma estrela no vasto universo, de luz menos intensa...

A história se esquecerá de mim, nem saberá de onde fui oriundo.

 

O esquecimento... Letes da vida efêmera de cada estrela caída.

E o que conquistamos, em suma, no decorrer da existência chamada vida?

O que é, o que foi? Por que a crueldade de cair no formidável olvido?

 

Há, acaso, um sonho final onde todos se encontram além das sombras?

Onde a amnésia do que fomos um dia é mera flor nas alfombras

E tudo o que vivemos é recordado eternamente e nunca, enfim, perdido?