Então que assim seja...
O meu caminhar sem rumo, só coragem_
O vento soprando e emaranhando os meus cabelos,
Levando-me como se eu fosse uma folha ao chão,
Sem qu’eu soubesse quem sou agora neste presente...
O que pretendo o tempo com isso?

Sigo como mero escravo dessa vida...

Às vezes faço coisas sem vontade de fazê-las,
O meu imaginário está vazio de palavras,
Clama como um desvairado por inspiração,
Espero com a maior paciência que tenho...
Tem vezes que faço rascunhos em papel,
Agora os salvo no Microsoft Word.

O choro dura enquanto houver lágrimas pra caírem...

A quem pergunto: Por quê?
Por que a minha inspiração me deixara?
Olho envolta das coisas pra ver se a encontro,
Nada ainda foi feito de concreto...
Minha loucura assusta os demônios que o homem pinta,
Perplexos eles ficam a me espreitar com medo...

Apertam-me com força o pescoço,
Deixando-me com falta de ar_
Cuidado para qu’eu não morra,
Deixem-me viver um pouco mais... 

Minhas mãos tremulam,
Meus pensamentos não há sentido algum...
Quem me outorgara o titulo de poeta?
Apenas sou um andarilho nas palavras...

Se o teu abraço for apertado
E aquecer a minh’alma nas noites frias,
Que’eu seja cativado sempre...
A minha loucura só dura um momento...
Não ligo pro tempo passar, ele tem esse direito,
Não podemos permanecer parados nele...

O meu mundo é visível,
Todos me podem ver despido...

Lágrimas rolam ante tanta crueldade...

Escrevo o que vejo e sinto...

 

Jairoberto Costa
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