Ouçam o clamor do povo

Ouçam o clamor do povo
 
E, uma corja vil, bajuladora
Aplaude sucessivos ditirambos
A que preside, terrorista, outrora
Cobiça o poder que atinge ambos
 
Hoje, como eles é comprometida
A desviar a atenção das multidões
E sem que, na arena fosse pedida
Quer fazer plebiscito, gastar milhões
 
Fingindo não ter entendido a mensagem
Das consecutivas manifestações
Onde o povo reclama da libertinagem
Dos gastos supérfluos e dos mensalões
 
Quer em vão confundir nosso povo
Que pleiteia mais saúde, educação,
Segurança e real punição, que renovo
Em pedido, que não fique sem solução !
 
Os comparsas em bando a acodem
Porém, na luta acérrima, pertinaz
Ao inacessível, a poeira sacodem
Pois, duma solução, não são capaz
 
À exceção do execrável nepotismo,
Sem ética e sem caráter praticado
No horizonte da nação há egoísmo
Faz falta na alvorada o almejado
 
Tirocínio da alma e sentimento
Que dá luz e, a liberdade descerra
Para ouvir os clamores a contento
E sentir, o valor que ele encerra
 
A violência tomou conta da nação.
Requer ações concretas do Governo
O povo sofre grande humilhação
Nas mãos dos facínoras é subalterno
 
Não se diminui a idade penal
Mas o menor tem racionalidade
Pra votar e eleger o poder central
Pode matar, e estuprar à vontade
 
Nada de mal lhe pode acontecer
Se recolhido, saí sem nódoa na ficha  
Sem antecedentes criminais a esclarecer
Por que ela não os relata, nós, se lixa !
 
O poder inibitório está enfraquecido
É excessivo o número de mortos civis
Parece que o povo foi esquecido
A manchete policial, todos os dias o diz
 
A legislação criminal está defasada
Capenga, igual à repressão policial
A reforma política, não foi cogitada
O povo quer é liberdade racional
 
Os índices de crimes são inaceitáveis
Há falta de médicos e remédios, na saúde.
Os gastos no futebol são intoleráveis
E o povo grita de medo do ataúde
 
Ouçam o clamor do povo e atenda-o
Não façam ouvidos moucos de mercador
Ao criminoso, malfeitor, prendam-no
Segundo a lei da terra e do Criador
 
A exuberância deste Brasil imenso
Ao mal que o atinge, não pode calar-se
Senhores ! usem todos o bom senso
Não tentem no plebiscito um disfarce !
 
São Paulo, 04/07/2013
Armando A. C. Garcia
 
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ARMANDO A. C. GARCIA
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