Dói-me ver-te
 
 
Dói-me ver-te com a alma entalhada
Entre as efêmeras teias da mentira
A natureza espiritual estraçalhada
Tal sombra perdida, que não se retira
 
Conquanto a dardejares impropérios
Blasfemando imprecações duvidosas
- Não te trarão alívio, ou refrigério
Enquanto tuas obras não forem virtuosas
 
Dói-me ver-te no ancoradouro do destino
Qual barco sem forças de singrar o mar
Que fica atracado no cais e sem tino
 
E que de lá não sai, nunca, nunca mais.
Esquecendo que seu destino é navegar.
Não quero mais  ver-te, ancorada no cais !
 
 
Porangaba, 14/06/2013
Armando A. C. Garcia
 


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ARMANDO A. C. GARCIA
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