Crédulos somos todos, que do incerto,
tentamos regular algo que resulte e não
insulte, nosso átimo de pretensa felicidade.
Mal e pouco fomos, quando em quase
tudo se nos escapou. Desalentados pelo
escasso e frágil.
Ao mesmo tempo em que a
nossa inócua centelha da mais tênue ignição:
( sob o risco de insurgir ), ficou na busca
de um onde ao encontro de um quando.
Induzindo-nos em caminhar de um lado
pro outro, dentro de nossa ansiada
urgência.
Na queda livre pela avalanche da agonia,
no estertor da medição dos vazios. Somando-se
ao drama, desse risível e restrito feudo humano.
Tomemos pois nossos defeitos, como a consciência
de grão diante da morte. Conluio de umas
ausências e outras que serão breves, na
exata convergência de nós.
Restos de fúria
e nenhuma paz que já possamos perder.
Preocupando-nos em suster enquanto isso,
esse inequívoco . . . peso do ser !!!!!!!!!
Algumas palavras pouco usuais, que aqui definimos no intuito de facilitar a compreensão do texto :
Crédulo - que crê facilmente, simples, ingênuo.
Átimo- num instante, num abrir e fechar de olhos.
Estertor-ruído da respiração em agonia.
Risível- que faz rir, ridículo.
Feudo- domínio hereditário sobre um patrimônio.
Suster- segurar para que não caia, sustentar, suportar.
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