Já revirei os bolsos e as gavetas da alma, mas não sei onde foi parar a inspiração. A saudade dos amigos, no entanto, é grande. Então vou postar um texto que apesar de não ser inédito, é um dos meus preferidos.
(comentário na poesia “Brisa” de autoria de Xama).
Sob as cinzas, o fogo não se apaga.
a chuva fina umedece a relva
entorpece a alma, adormece a selva
e devolve a calma à imensa plaga.
uma brisa morna sopra ao longe, na pradaria,
Envolvendo tudo com os seus odores
Revolvendo a grama e despertando as flores
Espalhando no ar a sua poesia
a menina que desenhava quimeras
E construía castelos nos seus pensamentos,
Hoje canta os sonhos e sussurra aos ventos,
um encanto antigo que atravessa as eras,
transforma, transcende, radia, emana,
desabrocha, iridesce, colore, matiza,
projeta sombras e se transforma em brisa
revolve as cinzas e reacende a chama.
© Todos os direitos reservados