O sol amarelou tímido, novas e velhas janelas.
Mas seu calor prometia um dia quente;
Porém triste, como todo dia de notícias
Tristes, desses que doem os ouvidos,
 
Ao ouvir a sentença de um amigo das capelas.
A sorte já não sorrira tão frequentemente
A alguns que cultivavam eternidades fictícias.
De fato, a morte não é assimilada pelos sentidos,
 
Tanto que, mesmo sabendo de sua inevitável vinda,
Ninguém espera; ninguém é capaz de prever
Se o súbito virá numa terça feira, ou sexta finda.
 
Na verdade, não sabemos o final da história, ainda;
Reconhecemos nossa fraqueza na hora de saber.
Isso é a alma que o vento vai ventando, linda!

Luciano Marques
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