Pele - abraço – chamego

Posso até não saber mais nada...,
Mas o que finjo ter ainda me traz ocupações
Dentre as quais aquela dissonância, da tua pele envolta
Aos braços meus.

Abraço o cotidiano!

A tua rotina ainda me faz correr de mim,
Mas se finges nada ver, que não há o que fingir...
Eu tento te provar: “Sou mais aí do que aqui!”.

E teu rosto a querer sair...
De tão esperta, maturidade de um “não-sei-onde”,
És o fascínio da minha perdição,
És o desejo, o consolo, a desolação!

E se um beijo, uma mágoa, um tesão...
Será que ao menos um sexo, uma noite, uma paixão
Não são capazes de te fazer querer o chamego
Que em toda a solidão eu quis um dia te provar.

Em sábias frases metafísicas de amor...
Em pulsões estruturais do mais profundo desejo,
Nas próprias táticas positivistas de amar...
Mas que amor? Amor é o desejo pela dor!!