SÚPLICAS DE UM MORIBUNDO

 
 
Olha Senhor!
Olha pra este corpo imundo
É o corpo de um moribundo,
Que clama vossa atenção.
Este corpo sem vida,
É desta alma perdida,
Que clama vosso perdão.
                    

                     Percebes Senhor,
                   Que estou meio envergonhado,
                  Por não ter lhe procurado,
                Quando estava deprimido,
               Procurei auxilio na bebida,
             Nas mulheres da vida,
            Mas não busquei tua ajuda,
          Agora em tua frente,
        A vergonha aflora a mente,
      E a boca fica muda.
 
Olha Senhor!
  Estou envergonhado
    De ter me afastado,
     De sua sagrada proteção.
      Não vou dizer que foi sina
       Ter me afundado em cocaína,
         Bebidas e prostituição.
          Até mesmo blasfemei,
           Quando injuriado afirmei
            Que estavas me castigando,
             Mas de tanto sofrer
              Posso compreender
               Que eu estava me matando.
                    

Sabe Senhor?
Eu me sentia o galã,
Tinha ídolos
Tinha fã,
Afundava-me na ambição.
Com a arma na cintura,
Era a mais forte criatura
Sentia-me o valentão.
 
 
                                  
 Creio que o senhor sabe,
                                 Que eu já tive grana
                              Já tive fama,
                            Ficava orgulhoso, exibido.
                         Já roubei coitados,
                      Já tive carros importados
                   Já fui bandido,
                Mas agora estou acabado,
              Agora estou perdido.
 
 
É Senhor!
Não aguentei o batente
De viver como delinquente,
E ingerir tantas porcarias!
Meu corpo se atrofiando,
As células se deteriorando,
Até chegar a agonia.
 
Olha senhor,
 De tudo o que consegui
Não tenho nada,
Só tenho a estrada,
Esta rua pra dormir.
Sempre vivi na baderna,
Não acreditei na vida eterna,
Hoje tenho sede, tenho fome.
E esta dor que me consome
Faz-me parar e refletir.
                       

Olha senhor!
  Olhe bem, senhora!
    Olhe pra mim agora,
      Mas não tenha compaixão,
        Pois quando eu estava bem,
         Não ligava pra ninguém,
           Era uma maldição!
            Já causei sofrimentos,
             Já destruí casamentos
              Praticando a traição.
               Gostava da vida boa,
                Não fui uma boa pessoa,
                 Por isso peço perdão!
 
 
Veja Senhor!
 Esta carcaça apodrecendo,
A alma padecendo,
Implorando teu perdão!
Talvez seja tarde pra procurar,
Mas é o que posso tentar,
Neste momento de aflição.
 Peço-lhe Senhor!
Tire minha alma dessa carcaça,
Limpe-a com tua graça,
Purifique-a com teu perdão!
  

Só o senhor é capaz
 De me livrar deste satanás
  Que adentra meu corpo
   Através desta bebida,
    Destruindo meu corpo
     E acabando com minha vida.                             
 
                         É Senhor,
                        Fui como uma erva venenosa,
                   Como uma planta espinhosa,
               Feria quem me procurava,
           Agora estou em sua frente,
       Moribundo convalescente
  Como nunca esperava.
 
Senhor,
Olha pra mim neste momento,
Estes são meus últimos movimentos             
Com dores no coração!
Olha a súplica deste imundo,
É a súplica de um moribundo!
Implorando vosso perdão!
 
Senhor!
  Olha desta vez pra mim,
    Não deixa ter um fim
     Esta pobre alma!
      Pois agora se aquieta,
       Agora se acalma!
 
 

Vejam como está sendo interpretado este poema no youtube
https://www.youtube.com/w...

Para interpretar numa igreja evangélica de Campinas SP.