Madeira Gonçalo Alves no pescoço,
sandália de couro, bermuda do gosto
e um caminhar câmera lenta.
 
É o sol e seu tinir safado
Nas cochas belas das belas moças. Do lado
aconteço na estrada de terra e mato.
 
Rumo ao mar que percebo almíscar.
Brisa me beija e um cisco me pisca.
Isca que sou para o sal das águas.
 
Mágoas? É hora da hora de me banhar.
Derretê-las, retê-las no “balanço das ondas”
que o amigo André palpitou ao passar.
 
É bom escrever o que se há por estalo.
É um “quê de sei quê” que embalou-me no embalo.
É um ar tropical, um dedal, é um aro.
 
Primeiro cheiro, depois... dou um gole.
Brisinha da cachacinha que inspira e envolve.
Ventano Brasil. Sol e mar. Homem-pólem.

Emerson Santana
© Todos os direitos reservados