Delimito-me nestes versos do soneto,
Porque é o convívio ilimitado que deixo fluir...
No amparo do meu eu e o coexistir,
Uno o que seria indivisível, porém perceptível.
É o contágio onírico
Do desejo intenso por profundamente amar.
É a sutileza singela do meu aconchego
Que desfaz a réplica ao ser autêntica.
É o abominável sentido indecifrável
que distingue o sentimento empedrado,
Ao ser lançado de um estilingue sem alvo.
É a fumaça que não disfarça,
Tampouco as palavras que passam despercebidas
Que suspiram em pauta da próxima lembrança.
Estocolmo, Suécia
Carl Dahre
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados