Ninguém me diga
Que navega seguro
Quando o esforço é fadiga
E o resultado engano puro
Ninguém me diga
Que me vou salvar
Quando um pirata me obriga
Minha nau abandonar
Ninguém me diga
Que terá bom porto
Quando farto da fustiga
Chegará quase morto
Ninguém me diga
Que é porto seguro
Quem à tormenta se abriga
Numa nau sem futuro
Ninguém me diga
Que nesta nau à deriva
Não é cigarra quem castiga
E formiga quem se obriga
Ninguém me diga!
santos silva
© Todos os direitos reservados
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