COFRE
Meti a memória dentro do meu cofre de recordações/
Lembrei-me das idas ao mato/
Da caça aos grilos/
Do correr/
Do saltar/
Do nadar em águas límpidas de ribeiras/
Não pensar em dinheiro/
Só pensar em brinquedos e brincadeiras/
De várias maneiras!
 
De chôfre fecharam-me o cofre!
 
Quem me tolheu o sonho?
Quando me mostraram que de mim já era dono?
Quando dobrei o equinócio da realidade?
Quando me deram a maldade/
A raiva do primeiro desengano?
 
Quando me tornei em completo ser humano/
Com sentimentos de amor/
Ódio/
Solidariedade/
Fraternidade/
Mas também de opróbio?
 
Cada sol nascente/cada luar trasnparente/
Em mim mais um dia de vida/
Mais experiência/
Não sei se da vida mais vivência!

Que tem/
Cada um de nós/
No seu cofre de recordações?
 
O Passado tem valor?
(costas da cadeira do presente/
sombra que se projeta no futuro)
 
Futuro?
Que futuro?
Onde está? Que não o agarro!
-“Aqui”
Alguém/
Na cama do hospital me respondeu/
Estava mal!
Morreu!
 
É o futuro que me espera/
Pensei.
 
Entretanto/
Somo os instantes do presente
E construo  o passado/
Guardo-no no cofre das minhas recordações e emoções/
Olhei aquele corpo/
.....rezei.
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Autor: Silvino Taveira Mchado Figueiredo

Gondomar/PORTUGAL

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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