Ah! Todo escravo anda preso num cárcere,
Com pouca ou nenhuma esperança,
No fogo quente do inferno,
Do calabouço olhando a solidão.

Num cárcere de fogo, atroz, funéreo!
Presos num silêncio eterno,
Cheios de melancolia,
De dor e humilhação.

Cortar a cana num sol escaldante!
Moer na moenda a cana deslumbrante!
Entre a vida e a morte sobre grilhões.
Que triste essa agonia!
Num calabouço sujo e horrendo!
Um delírio! Um abalo! Um estremecimento!

Antonio Félix da Silva Neto
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