"Deserto em minha solidão"

 
Os tempos que passaram,lutei por glorias,estatos e reconhecimento.

 
Não fama,e sim toda alegria que à mim fora prometida,viver apenas sem

 
penas ou condenação.

 
Ser livre e voar bem alto junto à nuvens com um sorrizo encantador e encantado,e não apenas mais um na multidão louca e perdida.

 
E me encontrar num sonho acordado,dentre mil sendo o único e somente um olhar,ser real e completo.

 
Complexo,tão normal quanto louco.

 
Tão certo quanto errado.

 
Ser um,em dois corpos,emoções fortes,ilusões nobres sofredor.

 
Que de tão certo ficou louco,tão real se perdeu e ainda sonha de olhos abertos.

 
Caminhando sem rumo no deserto da solidão,donde os passos somem na areia quente.

 
Com olhos fartos e cheios de lágrimas.

 
Queria eu nessa caminhada saber chorar.

 
Sofrendo tão só um destino medilcre,sórdido.

 
Me revolto quando lembro de mim.

 
Me machuco quando tento consertar.

 
Não sei quem sou,quem era ou até quem posso ser.

 
Não tento encontrar respostas.

 
Vivo simplesmente um dia após o outro,como se o amanhã não existesse.

 
Não me importo se irei morrei,viver,sofrer ou chorar.

 
Pra tudo que tive transformou-se nesse deserto.

 
Desistir de olhar para trás,não procuro meus erros.

 
Apenas me conformo com os poucos momentos felizes que me dão por esmola.

 
Sento em meu cantinho,escrevo minha vida,transformando-as em curiosidade alheia.

 
Me fazendo de poesia,e firmando em palavras melancolicas.

 
Me transformei em mais um poeta da solidão.

 
Poesias são minhas lágrimas que não escorrem pelo meu rosto”.

 

 

 
Autor:Verton Brandino da Silva(02/05/2011)

 
São Paulo

 

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