UM VELHO NA PRAÇA

Todos os dias eu vejo
Um velho sentado na praça
Observando em silencio
Tudo que a seu redor passa
Então começo a pensar
O que será que se passa
Na cabeça desse ancião
Que fica sentado na praça
Ele conversa bem pouco
De quase nada acha graça
Só fica sentado escutando
Os sons produzidos na praça
Não incomoda ninguém
Não fuma e nem bebe cachaça
Só fica sentado tranquilo
Naquele banco da praça
Às vezes esboça um sorriso
Ao ver um casal que se abraça
Talvez se lembrando do tempo
Em que namorava na praça
Tempo que já vai longe
Do qual não resta fumaça
Existe só na lembrança
Do velho sentado na praça
Tempo que passa e não volta
Não importa o que se faça
Todos nós somos de fato
Um velho sentado na praça
 
Pedro Martins

Pedrinho Poeta - Pitangueiras-SP-
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