O Tigre e a Rosa II – O perfume

 O Tigre já tinha visto diversas rosas.
Mas nenhuma tão esplendorosa.

Decidiu chegar mais perto,
pois se julgava muito esperto.

A Rosa se abriu,
soltando um perfume totalmente febril.

Seus conflitos já não eram importantes.
O que importava, era apenas aquele instante.

Era um presente, um pedido de aproximação.
O Tigre estendeu junto com sua pata, o seu coração.

Quem é você flor em polvorosa ? - Perguntou o animal.
Eu sou aquela que não lhe fará mal ! - Respondeu a Rosa.

Conversou com ela o dia inteiro,
até pedir que fosse embora, por causa do Jardineiro.

Exigiu que retornasse,
queria saber do mundo, e que o Tigre contasse.

Dia-a-dia ele retornou,
mas devido ao Jardineiro, não se aproximou.

Um dia, ela mudou de lugar.
Foi para onde poderia ficar, sem se machucar.

O Tigre sentia um vazio.
Pensar em não ver mais a Rosa, dava calafrios.

O Jardineiro já não mais a possuía.
Finalmente conversar com ela, poderia.

Simplesmente não entendia,
o porquê desta alegria.

Resolveu a Rosa procurar
e só descansaria quando acabasse o ar.

Perguntou a Jasmim onde a acharia,
e seguiu a trilha por vários dias.