No frio das noites,
na solidão da vastidão,
no caminhar do jovem,
na escassez das flores,
na secura do ar,
no fim de tudo.
 
...e agora?”
 
Ao fervor dos dias,
ao cansaço dos músculos,
ao tremor das pernas,
ao choro da alma,
ao repúdio de sua ignorância,
no fim de tudo.
 
...e agora?”
 
Quando seus amores inexistem,
Quando seus pavores surgem,
Quando sua ira vive,
Quando sua esperança adoece,
Quando seu inferno fortalece,
no fim de tudo.
 
...e agora?”
 
No fim de tudo,
a razão será de quem vive,
pois aos doutrinados e cegos,
nada restará,
nem a piedade da Divindade...
no fim de tudo.

 

Jonathan Cunha
© Todos os direitos reservados