ENIGMA

 
Teus fluídos mágicos à distância me tocam,
Povoando sentimentos na consciência,
Do trajeto Alfa-Ômega,
Longas trilhas da inocência, 
Que à minha criança sutilmente evocam.
 
Fome de alimento essência
Todo dia te procuro tela,
Sede vida, desassossegada vivência,
Doses homeopáticas, placebo efeito
Calor em chama de vela.
 
Vigília faço à real procura
Nas frias e silenciosas noites,
Que da solidão que trago, o açoite,
Com verdade digo
Que a mim tu trazes a cura.
 
Quem és tu, Deva abençoado?
Que de longe vens quebrar a virtualidade,
E em velozes asas tão frágeis quanto puras,
Apareces etérico, belo ninho alado,
Depositando tua substância ao meu lado.
 
Que te sei, que te sinto é concreto fato
Mas também é fato que não te reconheço
És do reino dévico ou a criança do mistério regresso?
Tela vibrações,
Nesta vida, cena do Primeiro Ato!
 

B de Beleza, E de Essência, T de Telúrico, O de Omega... velocidade angular que em Alfa se retoma!

Goiânia, 08.01.2011 - 02h08m

Emy Margot Tápia Alvear
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