Não sinto a lágrima escorrer
Quando escrevo

Mas só percebo

Quando ela molha o papel

E aquela mancha que fica

É um carimbo, um sinal

Que os meus versos têm força

E que na minha pausa

No meu cansaço

Mergulho no meu infinito

Como um escafandrista

Que busca vestígios

Na escuridão da alma

E nos escombros de mim

Eu acho a rima que me salva

Me resgata e me faz respirar

Então renasço das cinzas

Tal Fênix

E escrevo

Até morrer de novo

 
 

Sandra Fuentes
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