Caí do pedestal,
Conheci da vida o desengano.
Foi uma pá de cal,
Para mim beirou ao profano.
 
Eu me julgava inatingível,
Acima do bem e do mal,
Entretanto aconteceu o impossível
E minha queda foi fatal.
 
Quando me vi à rés do chão
E senti o cheiro da terra molhada,
Foi como do raio o clarão
E do malho a pancada.
 
Eis me de volta onde tudo começou!
Chão do qual eu não devia ter saído,
O orgulho imbecil me castigou,
Devolvendo-me ao chão por mim esquecido.
 
Só agora no ostracismo
É que pude ampliar minha visão.
Vejo a inconseqüência do egoísmo
E quão tola é a ilusão.

Da queda ao aprendizado. Foi preciso que eu caisse do pedestal para aprender que o orgulho, a vaidede e o egoismo são chagas que deixam marcas no corpo e na alma e feliz de quem aprende a lição. Ir parar no topo é fácil, difícil é manter-se lá.