Meu Porto, não percas a corrente.


 

MEU PORTO, NÃO PERCAS A CORRENTE.

Tomara eu, tomaras tu, meu Porto,
No ar  das tuas ruas,
Das tuas vielas e avenidas
Meu encanto passear,
Mas, de ti mais ausente,
Em ti já não passeio tão frequentemente,
Porém, meu olhar, quando te vai visitar,
Nunca de ti, meu Porto, se envergonha,
E mesmo d’olhos fechados contigo sonha,
E  da tua altaneira Catedral
Vê teu rio; barra de partidas
Para engrandecer Portugal e a Humanidade
Tu,  Porto, linda cidade, és toda arte
E tens a sorte de em teu  nome
Seres mais de metade de Portugal,
Mas teu vinho
Leva teu nome, inteiro a toda a parte,
A teus filhos, por partes repartidos,
Que te deixaram mais triste,
Mais vazio, mas em ti seus sentidos,
Todavia, se para o mar corre teu rio,
Mantem tu, meu Porto,
Nas tuas ruas, vielas e avenidas,
Navios na corrente de nos encantar;
Com teus casarios em cascata,
Com tuas falas de verdade,
Com teu bonito  granito;
Túmulos vivos da nossa saudade
Quando de ti estamos longe
Nosso  Porto, linda cidade!
E é Natural seres património mundial
E Alma de Portugal!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
S. Pedro da Cova- Gondomar
 

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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