Deve haver um poente estendendo-se em alguma direção
Que respectivamente se aproxima encontrando-nos em meio a muitos,
Reconhecendo-nos por causa dessa mistura enfatizada de brilhos
Idênticos que consome todo o ar não – emocional e nos deixando
Desfrutar dessa sintonia mistificada que nos embrulha.
Algumas palavras determinam-se defeituosas e se quebram
Antes mesmo de unirem-se contra o fracasso provável e não-remoto.
Prossigo retomando de algum lugar de onde ainda não cheguei,
Quando alguém inclina-se a fim de ver o horizonte rasgando-se pasmado
Pelas inúmeras belezas que se pode conhecer na vida é que eu
Abstratamente cometo o delito de esperar... Dizendo com pressa a paciência
Que não se esgota,
E foi como se aquele olhar me implorasse: Olhai-me, Escutai-me...
E desde então eu ouço até mesmo quando não posso ver... E dou-lhe míseras palavras, que hão de servir para nada, que hão de surgir,
De seguir devotamente essa empatia amenizada que sobrevoa o meu não – domínio de mim mesma.
Eu sempre fui de descrever olhares, de relatar vontades, de registrar amores e também de esclarecer sintonias, como essa suspensa no ar que nos envolve plena e misticamente em qualquer iniciativa vã ou instintiva euforia de nossos pensamentos.

(22/09/04)