Amor
Palavra pequena, forte, perigosa.
Navega entre bocas inconseqüentes.
Caminha em mentes que não explicam o que é.
 
Aos utópicos, a meta.
Aos desavisados, o dia-a-dia.
Aos realistas, o impossível.
 
Os utópicos insistem na sua existência!
No cume de uma grande montanha,
o paraíso está à espera de alguém que o alcance.
 
Os desavisados vêem toda manhã.
Acreditam que é o que sentem, mas,
de afirmação tão inconstante,
como pode o amor ser tão descartável?
 
Os realistas não pensam.
Tempo a perder, para isso, não há.
Simplesmente não existe aos seus olhos.
Simples palavra feita para agradar.
 
Aos realistas, digo que estão enganados,
como também estava.
 
Aos desavisados, o que conhecem,
não passa de um gostar.
 
Aos utópicos, não desistam.
Há um paraíso sob a névoa da montanha,
Nela, a essência que procuram brota de pedras.
 
A todos, continuo sendo realista...
... mas de outra realidade.

 

Fábio Willians
© Todos os direitos reservados