Nada como o ócio
In natura
Rubras  vestes
Que cobrem  minh'alma nua
Quero hoje  não criar
Só sentir
Quero  o direito
De não ter de ser
O que devo ser
Nada a meu favor
Só os rumores torpes
De doses homeopáticas
Do não fazer
Do não ter
Do não ser
Quando apenas se quer
Olhar a vida lá de cima
Da platéia

 

Muitas vezes o que, de fato, desejamos, é simplesmente não ser, não ter, não fazer.Isso sem melodramas e culpas funestas.O ócio não é sempre o que pintam.Alto lá.Calma.Permita-se!

SSA, junho de 2010